sábado, 26 de março de 2011

FALECE EM RECIFE O MULTIARTISTA PERNAMBUCANO LULA CÔRTES

O cantor, compositor e poeta Lula Côrtes, um dos pioneiros em fundir o ritmo regional nordestino ao rock and roll, morreu na madrugada deste sábado aos 61 anos de idade. Ele sofria de um câncer na garganta e, segundo amigos, estava na praia de Maracaípe quando passou mal, sendo trazido por uma ambulância para o Hospital Barão de Lucena, onde já chegou sem vida. Ele exercia a função de assessor cultural da Prefeitura de Jaboatão. Sua última apresentação como músico aconteceu no Pátio de São Pedro, no domingo de Carnaval.

Nascido Luiz Augusto Martins Côrtes, Lula tem seu nome marcado na música popular brasileira por dois discos lançados na primeira metade da década de 1970, hoje lendas na internet pelo alto preço cobrados pelos vinis. Em 1972, ele gravou com o hoje cartunista Laílson o LP Satwa, pela Rozemblit. Em 1974, com Zé Ramalho, finalizou o álbum duplo Paêbiru - O Caminho da Montanha do Sol, mas a gravadora pernambucana, atingida por uma grande enchente, só conseguiu salvar poucas cópias, que se tornaram raridades. Ele ainda produziu e fez o desenho da capa de No Sub Reino dos Metazoários (de Marconi Notaro).

Os três trabalhos chegaram a liderar a lista de discos mais vendidos na categoria World Music  quando foram lançados em 2008 nos Estados Unidos por uma gravadora independente, a Time-Lag Records. O relançamento em CD de Paêbiru no Brasil fazia parte dos planos de Lula Côrtes, que destacou ao Diario: “Na verdade, o disco não é só meu e de Zé Ramalho, é de toda a galera do movimento underground nordestino da época. Na ficha do Paêbirú, aparecem muitos nomes, como Alceu Valença e Geraldo
Azevedo”, afirmou.

Côrtes ainda lançou os discos O Gosto Novo da Vida, Rosa de Sangue, A Mística do Dinheiro, O Pirata, Nordeste, Repente e Canção e Lula Cortes & Má Companhia. Somente este último teve distribuição direta em CD. Além de músico, Lula Côrtes lançou obras de prosa e poesia, como o audiobook O lobo e a lagoa e livros como Hábito ao vício, Rarucorp, Bom era meu irmão, ele morreu, eu não e Amor em preto e branco  e se dedicava atualmente às artes plásticas. Em reconhecimento ao seu trabalho literário, a União Brasileira dos Escritores de Pernambuco (UBE/PE) deu-lhe a carteira de sócio efetivo, retroagindo a ano de admissão a 1972, quando o multiartista lançou o Livro das Transformações.

Da sua experiência como assessor de Cultura da Prefeitura de Jaboatão, Lula extraiu matéria para pintar aquarelas retratando o cotidiano dos habitantes do município, seus aspectos ecológicos, o patrimônio material e imaterial da cidade. Sua meta era chegar a 365 peças. A primeira exposição, com 35 aquarelas, intitulada Fragmentos, foi aberta em setembro do ano passado.
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110326023209&assunto=76&onde=Ultimas


VIDA DE LULA CÔRTES FOI SINÔNIMO DE ROCK N´ROLL
José Teles

No dia 13 de julho de 1985, 1,5 bilhão de pessoas, assistiram pela TV ao mais bombástico show da história do rock, o Live Aid, evento organizado pelos músicos Bob Geldof e Midge Ure, com o objetivo de arrecadar dinheiro para a Etiópia. Os shows, que reuniram praticamente todos os astros do rock dos EUA e Inglaterra aconteceram no Estádio Wembley, em Londres (com a presença de 72 mil pessoas) e no Estádio JFK na Filadélfia (com uma platéia de 90 mil pessoas). Alguns dos artistas vistos pela TV, apresentaram-se em Sidney, Moscou e Japão.
Não importa que o alimento comprado com o que foi arrecadado, cerca de 150 milhões, em um único dia, tenha em grande parte se estragado, por conta da burocracia do governo etíope, a data do Live Aid foi oficializada como o Dia Mundial do Rock.

Ao contrário de outros gêneros, o rock and roll não se tratava tão somente de uma música. Era também uma forma de comportamento. Depois de Rock around the clock, com Bill Haley and his Cometes, que entrou aqui na trilha do filme Semente da violência (Blackboard jungle, de Richard Brooks, 1955), a juventude jamais seria a mesma. “Minha primeira lembrança do rock and roll é meu pai e minha mãe dançando Rock around the clock na sala de casa”, revela o recifense Lula Cortês, 59 anos. Poucos músicos no País encarnaram mais o espírito do rock and roll do que este inquieto cantor e compositor, que está na estrada desde os anos 60.
Ainda adolescente ele foi para São Paulo, em plena Jovem Guarda (chegou a fazer a capa de um dos discos do Jet Blacks um dos principais grupos do iê-iê-iê instrumental). “Nesta época, um amigo meu, Luís, que era filho de um embaixador, me apresentou coisas mais undergrounds, descobri a literatura dos beats, até que cheguei aos Rolling Stones”, conta Lula, que foi morar em seguida em Minas Gerais, e participou de dois grupos, o TNT4 e o Capeta 5. “Não era iê-iê-iê. No segundo grupo a música já era autoral”.
No começo dos anos 70, Lula Côrtes viajou pela primeira para a Europa, onde assistiu, em Bordeaux, na França, a um show da turnê do disco Paranoid, do Black Sabbath, (para ele o melhor show de rock que viu ao vivo), estendendo a viagem até o Marrocos. De volta trouxe para casa, a cítara que tem até hoje, e discos de Jimi Hendrix, Cream, a nata da psicodelia da época. “ A partir daí comecei a curtir drogas e rock. Acho que os dois têm tudo a ver, embora o rock independa das drogas. Usei de todo tipo. Hoje, por motivo de saúde, não uso mais, porém o rock sendo continua minha forma de viver”, confessa.

Lula define o rock como a “expressão mais espontânea, mais vivencial, mais corpórea de um ritmo”. O artista que lançou discos antológicos como Satwa (com Laílson), o lendário Paêbirú (dividido com Zé Ramalho), o raríssimo O gosto novo da vida (retirado de catálogo pela gravadora Ariola, mal foi lançado em 1980), fez parte da banda de forrorock de Alceu Valença, em 1976, diz que para ele o rock é tudo: Podem achar que a música que eu faço está mais para a MPB, mas é rock, ou melhor, o que eu faço é RPB, rock popular brasileiro.”
Se o Black Sabbath de Paranoid foi o grande show a que assistiu, a Rolling Stones é a banda que melhor traduz o rock and roll. “A melhor música de rock de todos os tempos para mim é Sister Morphine” (música dos Stones, do álbum Stick Fingers, de 1971), dizx. Dos roqueiros pernambucanos, para Lula Cortês, o guitarrista Xandinho, Má Companhia, é o que mais vive o sonho do rock and roll: “Ele e a Má Companhia são o símbolo do rock em Pernambuco. Nos conhecemos nos anos 80, no antigo Sushi Bar,de Marcelo Mesel (que ficava num casarão ao lado da sede do Sport, na Ilha do Retiro). Desde então a maioria dos trabalhos de Lula tem sido realizados com a Má Companhia.

Mesmo com mais de meio século de existência, o rock and roll ainda é visto por muitos como uma expressão musical para adolescente, embora Chuck Berry, um de seus pais, tocou no mês passado no Rio e São Paulo com 81 anos [06/2008]. Uma visão equivocada, para Lula Cortês. “Desde Bob Dylan, nos anos 60, que o rock não é mais coisa de garoto. Basta prestar atenção nas letras.O rock é uma música atemporal, um camaleão, que vai tomando a forma de cada época”.


UM POEMA

Qualquer merda (Lula Côrtes)

Me falta carinho
Me falta tesão
Me falta algum fio
Que ligue esse mundo na minha emoção
Me falta beleza
Me falta o amor
Me falta algum brilho
Que tire de dentro de mim tanta dor
Me falta tristeza
Me falta ilusão
E um pouco de sangue
Que venha aquecer esse meu coração
E me falta paixão
Me falta saudade
Me falta sentir o sofrer e o viver
E me falta a maldade
Me falta o cinismo
Me falta a frieza
Me falta a gravata bonita e dourada por cima da mesa
Me falta dinheiro
Me faltam culhões
E me falta sentir o outro lado da falta
E me faltam ilusões
E me falta até sangue
Me falta mais fogo
Me falta sentir e poder reagir contra a vida de novo
Me falta leveza
Me falta um brilhante
Me falta um olhar
Que me faça mostrar a verdade distante
Me falta birita
Me falta um papel
Ou então qualquer merda
Que aqui se pareça um pedaço do céu

domingo, 20 de março de 2011

I ENCONTRO DE LINGUISTICA E LITERATURA

O I Encontro de Lingüística e Literatura da Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia, da Universidade de Pernambuco faz parte de um amadurecimento no âmbito da pesquisa que a instituição vem alcançando nos últimos tempos.
Grandes pesquisadores foram convidados e aceitaram vir até Garanhuns para dar a sua contribuição e a expectativa da instituição é que esse Encontro se repita durante todos os anos que virão. São eles:


 Benjamin Abdala Júnior (USP)
José Luiz Fiorin (USP)
Antonio Dimas (USP)
Elisalva Madruga Dantas (UFPB)
Marcelo Machado Martins (UFRPE)
Ana Cristina Marinho (UFPB)
Ângela Paiva Dionísio (UFPE)
Mônica Magalhães Cavalcante (UFC)
Maria do Socorro Silva de Aragão (UFC)


Coordenação:Silvania Núbia Chagas (UPE)
Período do evento: de 16 a 19 de maio
Período de inscrição: até 23 de abril
Mais informações:
http://aalquimiadalinguagem.blogspot.com/
 
TEMÁRIO 1. O tema escolhido para o Encontro é "A alquimia da linguagem".

Embora pareça um tema restrito, na verdade trata-se de uma temática que abarcará as duas áreas – lingüística e literatura -, uma vez que pensou-se em congregar estudiosos com pesquisas abrangentes não somente em cada área mas, também, envolvendo as duas.

Nesse amplo rol, cabem formas relevantes de tratamento e, para tanto, foram estabelecidos os seguintes eixos temáticos:

1. Literatura e diversidade cultural.
2. A ambigüidade e o lúdico na linguagem poética.
3. Pós-modernismo ou Neobarroco: aspectos da contemporaneidade na literatura brasileira.
4. A alquimia da palavra: a prosa poética de João Guimarães Rosa.
5. Tendências contemporâneas na literatura.
6. Hipertexto, gêneros digitais e ensino.
7. Letramento social e letramento escolar.
8. Práticas discursivas e análises de gêneros.
9. Variação e Mudança Linguística.
10. Discurso, ideologia e cognição.

2. Cada participante de mesa-redonda disporá de 20 minutos para exposição do trabalho, com espaço para debates ao final.

As comunicações não devem exceder 15 minutos de exposição.

3. Não será permitida a leitura de trabalhos dos inscritos ausentes.


 
SECRETARIA DO CONGRESSO

Todos os contatos acerca do Encontro devem ser feitos junto à Secretária do evento:
Telefone: (87) 3761-8235

Celulares:
ERICK CAMILO: (87) 8805-3971;
ANDERSON FASÃO: (87) 9936-3339;

e-mail: aalquimiadalinguagem@gmail.com

Horário de atendimento telefônico: de segunda-feira a sexta-feira, das 08:00 às 18:00.

 

 PERÍODO DE INSCRIÇÃO

• O prazo para inscrever-se está fixado entre os dias 01 de março a 24 de abril de 2011 para comunicadores e, para ouvintes, de 01 de março a 28 de abril.
• Os resumos dos trabalhos deverão ser encaminhados para o e-mail: aalquimiadalinguagem@gmail.com.
• A aprovação dos trabalhos será informada por e-mail de 02 a 06 de maio.
• O comprovante de depósito bancário da taxa cobrada deverá ser enviado à Secretaria do Encontro, por e-mail.

Obs: Não será considerada a ficha de inscrição desacompanhada do comprovante de depósito bancário ou recebida depois do prazo.

 TAXA DE INSCRIÇÃO

Docentes: R$ 80,00.
Alunos (graduação*) com apresentação de trabalhos: R$ 35,00.
Alunos (pós-graduação) com apresentação de trabalho e professores do Ensino Público (com apresentação de contra-cheque): R$ 50,00.
Ouvintes com direito a certificado: R$ 30,00.
Mini-cursos: R$ 30,00.

* Só serão aceitos trabalhos de graduandos que tenham iniciação científica, para tanto, será necessária uma carta com autorização do orientador.

O depósito deve ser realizado na seguinte conta:

SILVANIA NUBIA CHAGAS
Banco do Brasil
Conta corrente: 5031-8
Agência: 5898-X


PROGRAMA PROVISÓRIO

DIA 16 (segunda-feira)
Noite

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante.
17:30 às 18:30 – Credenciamento dos inscritos.
19:00 – Abertura com autoridades.
19;30 – Apresentação de grupo de teatro.
20:00 – Conferência do Prof. Dr. Benjamin Abdala Junior: Hibridismo e mestiçagem na literatura brasileira.




DIA 19 (quinta-feira)
Manhã

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
10h00 às 12h00: mesa-redonda: Perspectivas no ensino da língua
Coordenador: Benedito Gomes Bezerra
- Francisca Núbia Bezerra e Silva (UPE) - "Aula de língua portuguesa: reflexões é perspectivas";
- Dirce Jaeger (UPE):
- Lívia Suassuna (UFPE) - "Ensino de análise linguística: analisando práticas e propondo alternativas";
- Marcelo Machado Martins (UFRPE).

12:00 às 14:00 – almoço

Tarde
Local: UPE – Campus Garanhuns
14:00 às 15:30: sessões de comunicações.

15:30 às 16:00 – coffeebreak

- mini-curso: Profa. Dra. Márcia Félix: "Raprepente: poesias vocais conteporâneas"

Noite
Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante a partir das 19h00:
Encerramento. Conferência da Profa Dra. Socorro Aragão - "A linguagem de José Lins do Rêgo: variação regional e social".
Apresentação musical.
DIA 18 (quarta-feira)
Manhã

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
10:00 às 12:00 – mesa redonda: Literatura e direitos humanos
Coordenador: Elcy Luiz da Cruz (UPE)
- Maria das Graças Ferreira (UPE)
- Cristina Botelho (UPE) - "Pepetela: ficção, realidade e Direitos Humanos";
- Alexandre Furtado de Albuquerque Correa (UPE) - "Direitos Humanos e Literatura: uma relação possível".

12:00 às 14:00 – almoço

Tarde
Local: UPE – Campus Garanhuns.
14:00 às 15:30 – sessões de comunicações.

15:30 às 16:00 – Coffeebreak

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
16:00 às 18:00 – mesa-redonda: Literatura e diversidade cultural
Coordenador: Jairo Nogueira Luna (UPE)
- Elisalva Madruga Dantas (UFPB) - "A representação do negro nas literaturas brasileira e africanas de língua portuguesa";
- Ana Cristina Marinho Lúcio (UFPB);
- Jeane de Cássia Nascimento Santos (UFS).

Noite
Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
20:00 às 21:00 – Conferência do Prof. Dr. Antônio Dimas: Componentes literários na formação intelectual de Gilberto Freyre.
DIA 17 (terça-feira)
Manhã

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante.
9:00 às 9:30: Homenagem ao prof. Dr. Luiz Antônio Marcuschi.
9:00 às 10:00: Apresentação do projeto da Revista de lingüística e literatura "Palavras mágicas", pelo prof. Dr. Benedito Gomes Bezerra.
10:00 às 12:00 - mesa-redonda: Perspectivas em gêneros textuais
Coordenadora: Francisca Núbia Bezerra e Silva (UPE)
- Benedito Gomes Bezerra (UPE) - "Agrupamentos de gêneros: discutindo terminologias e conceitos";
- Mônica Magalhães Cavalcante (UFC): "Referenciação e gêneros do discurso";
- Ângela Paiva Dionisio (UFPE) - "Gêneros textuais e multimodalidade".

12:00 às 14:00 – almoço

Tarde
Local: UPE – Campus Garanhuns.
14:00 às 15:30 – sessões de comunicações.

– mini-curso: Prof. Dr. Marcelo Machado Martins – "Introdução à semiótica da narrativa e do discurso."

15:30 às 16:00 – coffeebreak

Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante
16:00 às 18:00 – mesa-redonda: A literatura e seus desdobramentos
Coordenadora: Silvania Núbia Chagas (UPE)
- Jairo Nogueira Luna (UPE): "A concepção de metamodernidade como forma de entendimento da dinâmica das poéticas de vanguarda";
- Elcy Luiz da Cruz (UPE) - "O romance conteporâneo brasileiro: uma leitura provisória";
- Silvania Núbia Chagas (UPE).

Noite
Local: Centro Cultural Alfredo Leite Cavlacante
20:00 às 21:00 – Conferência do Prof. Dr. José Luiz Fiorin: Em busca do mistérios e da epifania da palavra.

SEMANA CHICO SCIENCE: "DO AFRICANISMO AO MANGUE"

Dia 24/03 [quinta-feira], 19 hrs no auditório da Livraria Cultura – A invenção do macho (a partir do samba e do hip hop)

Hip hop e samba são gêneros musicais construídos por uma forte definição de masculinidade, viril e heterossexual. Mais que estilos musicais, estilos de vida com forte referência a cultura africana. O que há alem do que se vê nessas culturas onde podemos encontrar uma semente africana? O antropólogo Osmundo Pinho e o cineasta Marcelo Caetano debaterão a explosiva combinação entre música e sexualidade.
O evento faz parte da programação da SEMANA CHICO SCIENCE: "DO AFRICANISMO AO MANGUE"
Maiores detalhes e programação completa: http://memorialchicoscience.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

CURSO DE HISTÓRIA DA ARTE

O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) promove, a partir de 4 de abril, o Curso de História da Arte "Humanismo e Renascimento".
As aulas acontecem às segundas-feiras, das 18h às 20h, no Auditório do Museu.
E serão ministradas pela Mestre em Sociologia Laura Buarque.


As inscrições devem ser feitas no MEPE, na Avenida Rui Barbosa, 960, Graças.
Mais informações pelo telefone: (81) 3426-5943

quinta-feira, 17 de março de 2011

CURSO "A teatralidade nos poetas pernambucanos"

O Centro Cultural Correios do Recife promove o curso "A teatralidade nos poetas pernambucanos", a partir de 22 de março.
O curso consistirá em aulas práticas com exercício e técnicas de interpretação teatral e leituras sobre a obra de autores como Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira.
A carga horária é de 60 horas-aula, às terças-feiras, no horário das 17:30h. às 20:30h.
O investimento é de R$ 30,00.
As inscrições devem ser feitas pelo telefone: (81) 2126-8309.

FESTIVAL LITERATURA E MÍDIA DIGITAL - CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS

Com duração de 3 dias e acesso gratuito, o evento tem como objetivo celebrar e difundir a literatura da periferia e sua interação com as mídias digitais. O festival também promoverá a troca de saberes entre escritores iniciantes e experientes. A programação é constituída por mesas redondas, conferências, mostra de cinema e literatura, oficinas, concurso de poesia, lançamentos de livros e recitais.

FESTIVAL LITERATURA E MÍDIA DIGITAL

Com o advento das comunicações digitais ou mesmo tecnologias que proporcionam maior acesso às publicações (as gráficas rápidas) estão se constituindo num espaço democrático de fruição literária onde os escritores, jovens ou não,conseguem publicar seus trabalhos. As poucas experiências neste sentido já realizadas proporcionaram, com o advento das novas tecnologias, maiores facilidades de produção e difusão cultural, interferindo diretamente no acesso do escritor a novos mercados e a novas ferramentas de divulgação de suas obras,via novas mídias.Embora a inclusão digital seja insuficiente, muitos jovens autores,já conseguem,através de lan houses ou internet gratuita em escolas e espaços digitais que permitem o acesso à novas produções literárias e mesmo a publicação de suas obras.

O FESTIVAL DE LITERATURA E MÍDIA DIGITAL é um evento pensado para refletir a interface entre as novas mídias (redes sociais, blogs e sites literários) com a literatura e a consequente democratização e acesso para a maior parte do público leitor e escritores que não teriam como imprimir suas obras. Por conseguinte, refletirá e celebrará também a literatura da periferia. Pretende mostrar a forte influência da poesia nos bairros de periferia e escolas serão convidadas a participar de todas as atividades. O objetivo é o intercâmbio entre escritores que se autointitulam nessa classe com outros que contestam essa nomenclatura, numa profícua troca de saberes literários. Haverá a participação da academia como laboratório de constantes pesquisas e que recentemente, se abriu para esse fenômeno.

A programação consta de mesas redondas, bate-papos literários, instalação artística, mostra de cinema e literatura, oficinas literárias, concurso de poesia para estudantes de escolas públicas, lançamentos de livros,recitais e mostra de experiências literárias – oficiais e não-oficiais.



HELOISA BUARQUE DE HOLANDA

Ela, ensaísta, escritora, editora, crítica literária e pesquisadora brasileira.É também professora titular de Teoria Crítica da Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ) e da Biblioteca Virtual de Estudos Culturais (Prossiga/CNPq) e diretora da Aeroplano Editora Consultoria Ltda. Foi também diretora da editora da UFRJ e do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Foi a organizadora do livro "26 Poetas Hoje", lançado em 1975, que reúne 26 poetas da geração mimeógrafo, ou "poesia marginal".
Heloísa Buarque de Hollanda participará do festival, lançando livro na terça-feira (29), e na quinta-feira (31) faz palestra sobre Como organizar uma antologia virtual?


FESTIVAL RECEBE O ESCRITOR JOSÉ REZENDE JR

José Rezende Jr. ganhou o Jabuti 2010 de Melhor Livro de Contos com "Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras estórias de amor)". O novo livro, "estórias mínimas", reúne microcontos do tamanho do twitter (até 140 caracteres) publicados na revista eletrônica Terra Magazine. Nascido na internet, estórias mínimas" se prepara para voltar às origens, em formato digital, pela editora 7Letras. O livro de estréia, "A Mulher-Gorila e outros demônios", esgotado na versão em papel, está disponível para download no site
Ele participa de um bate-papo literário, na quarta-feira (30), das 18 às 20h.



PROGRAMAÇÃO

Data: 29, 30 e 31 de março de 2011.
Local: Centro Cultural dos Correios-Recife
Curador e coordenador geral: André Cervinskis.
Produção Executiva / Administrativa: ADCE Produção Cultural.

TERÇA-FEIRA 29:
8 às 12h - Oficinas:
*Poesia – Ramon Mello
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)
*Como organizar um blog literário?
( sala nº 03 Carlos Pena Filho - 1º andar)
- Helder Herik e Leonardo Branco:
Turma 1: 8-12h
Turma 2: 14-18h

18 às 21h
- Mesa de abertura; (autoridades)
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)
- Homenagens a LUCILA NOGUEIRA e ANGELO MONTEIRO;
- Apresentação URROS MASCULINOS;
- Lançamentos de livros: Heloísa Buarque de Hollanda e Ramon Mello.
( sala nº 02 João Cabral de Melo Neto 1º andar )

QUARTA-FEIRA 30
9 às 13h - Oficinas:
*Poesia- Ramon Mello
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)

14 às 16h:
14h- Literatura e inclusão digital – Cida Pedrosa e Wellington de Melo
Mediador: Leonardo Leão
(auditório térreo sala Maria do Carmo Campelo)
16h - O livro digital e os direitos autorais - Antônio Campos (IMC) e representante do Ministério da Cultura
Mediador: Pedro Buarque
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)

18 às 20h
- Batepapo literário: José Rezende Jr.
Mediador: André Cervinskis
- Apresentações artísticas (Adriano Cabral e convidado), Maria Oliveira e Lucas Oliveira , recitais (auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)
Lançamentos de livros: Gildson Alves, Paulo Figueiredo, José Rezende Junior , Heloísa Buarque de Holanda e Welington de Melo
(sala nº 02 João Cabral de Melo Neto 1º andar )

QUINTA-FEIRA 31:
9 às 11h
Literatura e Cinema – Fernando Monteiro e José Carlos Targino
Mediador: Michel Zaidan Filho
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)

11 -12h: Lançamento de livros: Jacques Ribemboim (org.), Lúcia Cardoso e Edvaldo Bronzeado

14h- Literatura e periferia – Lara e Pedro Américo de Farias
Mediador: Bruno Piffardinni
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)

16 às 18h:
Como organizar uma antologia virtual? Crítica e editoria literária - Heloísa Buarque de Hollanda
Mediador: André Cervinskis
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)

18 às 20h
- Entrega dos premiados no CONCURSO DE POESIA VIRTUAL
- Lançamento de livros: Genicleide Lima, Patriotino Aguiar, Rosa Lia Dinelli e Artur Rogério
- Performance poética: Vozes Femininas e Alberto Brigadeiro.
(auditório sala nº 04 Manuel Bandeira - 1º andar)


ATIVIDADES SIMULTÂNEAS:

- Mostra de Livros – ( sala nº 02 - Clarice Lispector - 1º andar)
- Mostra de Experiências Literárias - bibliotecas comunitárias, instituições públicas, livrarias e editoras.
- Visitação ao ESPAÇO MIDIÁTICO (escolas)

MAIORES INFORMAÇÕES:

http://literaturaemidia.blogspot.com/
Telefones: (81) 3082.4871 [ADCE Produções] e (81) 9618.4364 [André Cervinskis].
E-mail:
literaturaemidia@gmail.com
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Recital poético VERSOS & VICIOS

No dia 17 de março acontece no Sindicato dos funcionários da UFPE um recital poético que homenageará o dia internacional da mulheres.
Uma parceria entre o movimento cultural VERSOS & VÍCIOS – oráculo novo e a diretoria do sindicato permitiu a realização do evento.
Contamos com a presença de todos e esperamos que as mulheres levem seus poemas e suas idéias, que compartilhem conosco seus texto e assim fortaleça a essência poética que estamos propondo para o evento.

Nossa programação segue a seguinte cronologia: performance poética, poetas convidados, microfonia poética e depois músicos convidados.
Porém nesta edição o nosso recital será apenas com a participação feminina, poetisas novas e consagradas recitaram seus poemas e textos, os homens poderão participar apenas no momento em que o microfone estiver aberto ao público onde costumamos chamar de MICROFONIA POÉTICA. O grupo convidado foi o COCO ZÉ LASCA VARA, um grupo de coco de roda comandado pelo coquista Seu Fernando do Coco que é artista local, isto fortalece nossa proposta de valorizar artista do nosso bairro e adjacências, a Várzea.

Serviço
O quê: Recital poético VERSOS & VICIOS – oráculo novo em homenagem ao dia internacional das mulheres
Onde: Sindicato dos funcionários da UFPE - Av. Acadêmico Helio Ramos, nº 396, Várzea
Hora: começa às 19:00 horas e vai até às 22:30 horas


Mais informações:
Eduardo Monga
Produtor e organizador do VERSOS & VICIOS
fone: 34540273

--
VERSOS & VÍCIOS - oráculo novo
Movimento literário itinerante

segunda-feira, 7 de março de 2011

RECIFE E SEUS POETAS URBANOS

VALMIR JORDÃO, POESIA VIVA DO RECIFE
“Tropecei, caí na rua,
ao tentar pegar,
com as mãos, a lua”.


O poeta Valmir Jordão sempre surpreende. De repente, ele pode aparecer com a cabeça rapada, de chapéu e óculos escuros e não será bem uma nova performance. Será um novo personagem, um heterônimo vivo, porque não quer ser um poeta morto. E mostrará, como explicação, seis marcas de bala no corpo, nada fictícias. Lembranças de um antigo atentado, de sua luta pela cidadania. Em outra oportunidade, chegará zen, calmo, ser surgido na fumaça do Recife. Em uma terceira oportunidade estará deprimido, amargo. E a causa da tristeza não será bem filosófica, mas a nada poética razão de não ter onde morar. Que não assobia como um samba de Caymmi.

Onde mora? Como vive? Não lhe façam perguntas assim, objetivas, necessárias, porque ele responderá, de passagem e de raspão, que mora aqui, ali, mas que no momento está de volta à casa de sua mãe, no grande Recife, lá em Jaboatão. O bom filho, quando pronto, retorna. Mas do quê mesmo o poeta vive? Valmir bem sabe o absurdo que é responder, “vivo de poesia”. Por isso, quando cercado, responde:   

- Faço oficinas de literatura, como agora.

- Mas você não tem isso os 12 meses do ano. Nem tem décimo terceiro, nem férias.

- Não, não.  Eu sou muito cigarra, mas tenho um lado formiga também. Eu guardo um pouquinho. Canto, e deposito uma parte desse canto, um terço. E me mantenho com o restante. 

Há quem o chame de poeta marginal. Mas este homem, que olho agora, é autor de um poema que hoje corre mundo, tão antológico que virou quase domínio público, “Coca para os ricos / Cola para os pobres / Coca-Cola é isso aí”. E autor, também, além dos magníficos versos lá em cima, que tão eloqüente falam do seu modo de ser e estar, de poemas que falam não dos marginalizados, mas como um próprio marginalizado, de consciência poética. Como este aqui, por exemplo:
AH, RECIFE
Dizem os bardos que uma cidade
é feita
de homens,
com várias mãos
e
o sentimento do mundo.

Assim Recife nasceu no cais
de um azul marinho e celestial,
onde suas artérias evocam:

Aurora, Saudade, Concórdia,
Soledade,
União, Prazeres, Alegria e Glória.

Mas nos deixa no chão,
atolados na lama
de sua indiferença aluviônica:

a ver navios com suas hordas
invasoras
e o Atlântico
como possibilidade
de saída...


“Esse tipo de poesia a geração de 1965 não fazia”, esclarece Lara, um poeta e crítico do grupo. “Porque a gente ligou para o visceral, e o engajado da esquerda, mas não com panfletarismo, não calcado na ortodoxia marxista. A gente se propunha a ir além da ortodoxia marxista. Tinha anarquista, tinha ...esse lado visceral muito forte, de expor as tripas da realidade concreta, de fazer o combate ideológico, anticapitalista”.
Pode-se dizer que Valmir Jordão vem de uma geração de poetas urbanos, radicais no seu fazer poético, que fazem da poesia morte, vida e profissão. Mas sem idéias orgânicas de um movimento. Características comuns de vida têm, é certo. A maioria é de origem pobre, todos autodidatas. (Mas afinal em que escola os escritores no mundo se formam?) São, por baixo, mais de 50 poetas, que se apresentam em palcos, em shows, em recitais. Os seus poemas estão em edições pequenas, de tiragens pequenas, de circulação pequena, de preço pequeno. Diferente dos grandes, eles são todos filhos de má família, um eufemismo que apenas quer dizer, como Valmir disse em MATER: “Não culpe as putas / pelo comportamento / nefasto dos filhos”. Chega a ser de uma grande brutalidade essa poética.
Em 2007, no intervalo de poucos meses faleceram dois poetas-símbolo do grupo, Chico Espinhara e Erickson Luna. O intervalo dos seus óbitos foi curto e eloqüente. Chico, em fevereiro de 2007, Erickson em abril de 2007. Dois meses entre um e outro. De males diferentes, mas de gênese única. Ambos poetas cujo estilo de vida, de aparência romântica, foi antes uma autodestruição pelo álcool e por outras drogas que não atingiram o veneno da legalidade. No começo de outubro do mesmo ano, faleceu o terceiro, o poeta França.
Acontecimentos assim não abalam, no sentido de que venha a desistir da poesia, o poeta Valmir Jordão. Pelo contrário, o que mais me surpreende, desta vez, é a crença absoluta que ele possui nos frutos e destino da literatura. Apesar de todas as adversidades. Como aqui, neste trecho:

“Eu não faço livro só pra vender. É o seguinte: a literatura pra mim é um caminho. Não é um fim de ganhar dinheiro, sabe? Nem meio de ganhar dinheiro. Pra mim ela é um instrumento de trabalho, que eu adoro fazer, que eu amo fazer. Agora, essa história do toma lá, dá cá, existe, sim, porque você recebe muito carinho, muita gentileza, e um livro não paga uma gentileza. Nem há dinheiro que pague uma gentileza, entendeu?”.

Que força penitente é essa? Entendam melhor o que isso significa: escrever poemas em caderno, à mão, porque não tem micro, ainda que alegue ser melhor assim, porque sua memória é táctil. Depois, copiá-los em um CD, em uma Lan House, para levar a uma gráfica. E finalmente vendê-los ao mundo na própria voz e na página impressa. Uma poesia, enfim, que vem ao mundo nas piores condições materiais, ou como ele diz, “materialmente, nada próprio”.

O poeta agora tem 47 anos. Apesar da estatura, um pouco abaixo da média, apesar da falta de armas físicas, é um homem de absoluta coragem artística. Quem o vê assim, não imagina uma conversa que teve com um criminoso. Ele havia emprestado 50 reais ao delinqüente, e ao cobrar o pagamento da dívida, recebeu a resposta:

- Não enche o saco, cara !

Ao que ele, Valmir Jordão, esse homenzinho convicto da sua singular diferença, respondeu:

- Escuta aqui. Tu estás pensando que só porque tu és bandido, eu tenho medo, é? Eu sou artista, cara. Eu sou poeta, cara, tás entendendo?   

No enterro de França, enquanto outros choravam, Valmir se acercou do caixão e, de frente para o poeta negro, fez um recital. Somente para França. Em voz alta, como se conversasse na melhor língua que sabe fazer, poesia. Um monólogo cuja força era um diálogo, possível, impossível, real e imaginário.  Ali o poeta falou para França da radical opção de suas vidas, na certeza de que razões de viver também são razões de morrer.

Um homem assim tem que ser respeitado. É uma luz, ainda que se apresente sem grana, sem dinheiro às vezes nem para o ônibus. Mesmo que tenhamos medo do que venha a falar de nossa pessoa, quando dele nos separarmos:

METAFÍSICO
Na saída dum chato,
é que percebe-se
a presença de espírito”.




Urariano Mota é escritor e jornalista. Publica em sites europeus e brasileiros. Tem blog no endereço http://urarianoms.blog.uol.com.br/ E-mail: urarianoms@uol.com.br
Fonte: http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=3371

TEATRO

LIVRARIA CULTURA
12/03 19hrs
Gratuito
Tema: Humor Solidário
Participante: Os Insanos
Local: Auditório



Quarta Bela
Espaço MUDA

Rua do Lima, 280, Santo Amaro
3032 1347
O projeto Quarta Bela apresenta cenas de monólogos femininos de 10' a 15' de duração. Na concepção e coordenação do projeto, o diretor e ator Jorge Féo.
Este mês, a atriz convidada será Paulina Albuquerque, apresentando três encenações de um mesmo texto visto por três diretores diferentes. Ingressos: contribuição espontânea.

MÚSICA

LIVRARIA CULTURA

12/03 18hrs
Gratuito

Sábado de Zé Povinho no PapoSon. Um show
pra nunca mais sair da sua cabeça!!!

Evento promovido em parceria com o SONAR PE.

BANDA ZÉ POVINHO - Trajetória Musical

O relato histórico da banda Zé Povinho teve início em 2003 quando o poeta e compositor Kid A, juntou-se com alguns músicos amigos seus, entre eles André Negão (Pra Mateus poder dançar), do bairro de Peixinhos – Olinda(PE),  com a idéia de formar não só uma nova banda, mais algo peculiar, que reunisse todas as influências musicais à poesia sambada de Kid. Melodias internamente brasileiras e que explodem na universalidade do Rock. As letras fazem uma paródia social com uma ótica bem reflexiva, partindo do cidadão comum que pára, pensa e poetifica a sua situação e a do meio.

Kid  se recorda que não faltava Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Cartola, Ataulfo Alves, nas rodas de samba organizadas por seu pai entre as décadas de 70 e 80. Mais tarde, na adolescência, formou sua primeira banda de Rock, a “Sêmen”, que rasgava pela cidade de Recife um rock noise psicodélico (tendo seu “auge” num show no extinto Bar Garagem, reduto da “malucada” de Recife), embora o samba sempre batesse as estacas em sua cabeça.  Formar o Zé Povinho foi a oportunidade de unir tais influências.

O batismo

O nome foi inspirado num personagem do caricaturista português Rafael Bordalo Pinheiro publicado em 1885 na revista lanterna mágica. O Zé Povinho foi inspirado na persona do povo português, boquiaberto e apático perante a corrupção, porém, aparece vez por outra indignado, incrédulo e resmungão, capaz de muitos danos. Sua figura faz o gesto do manguito, mais popularmente conhecido no Brasil como “dando uma banana”, representando sua revolta. A identificação com o Brasil se deu na visita de Rafael Bordalo ao Recife, quando foi lançado o Zé Povinho em um jornal local, e logo o termo foi aderido para taxar os que insistiam em realizar o carnaval na rua, até então restrito aos bailes de máscara.

O registro fonográfico

Em 2006, começou a temporada de reformulação dos integrantes, um enorme entra e sai, e nesse clima é aprovado um projeto para o FUNCULTURA. Em Novembro de 2007 o Zé Povinho entra no estúdio Fábrica, no Recife, para gravar seu primeiro CD, intitulado “A transvaloração da tragicomédia” com produção musical da própria banda.

O CD foi lançado em 2008 e reúne 13 faixas. Uma delas, o frevo rock “Galo na Cabeça” teve a participação de Cannibal nos vocais, vocalista da banda de punk rock recifense Devotos. O disco é uma síntese de toda trajetória até então e as canções foram escolhidas a dedo num repertório vasto de idéias, poesia, filosofia, samba, rock e muita subjetividade.

Na tela da TV

O Zé participou duas vezes do programa Sopa Diário, uma vez a convite do próprio apresentador Roger de Renor e outra a convite do Movimento Cultural Boca do Lixo. Participou do programa Pernambuco Cultural, da TV Pernambuco, do Estéreo Clipe a convite do então apresentador China, do Bom dia Pernambuco da TV Globo. E em maio de 2008, um convite para um programa exibido em rede nacional pela TV Brasil, o Som na Rural apresentado por Roger. E dessa vez o convite foi feito pela banda “Devotos” que era a atração principal do programa, em que o Zé Povinho tocou pela primeira vez a pérola “Juro”, canção inédita composta por Kid A e pelo violonista Rinaldo Lucas.

Zoadas

Participação no Festival Grito Rock edição Recife, em Fevereiro de 2010. Em Agosto de 2009, no projeto “Observa e Toca Malakoff” promovido pela FUNDARPE (Fundação de Arte e Cultura de Pernambuco) ao lado da cearense Cidadão Instigado, foi um show marcante. Vários outros shows foram marcados pela muita energia que tem o Zé Povinho quando sobe no palco. Vale lembrar o Experimenta Recife no Teatro do Parque; o 1º Abreu Pro Rock no centro de Abreu e Lima, o Sábado Mangue no Pátio de São Pedro ao lado de Zé Brow; O show do Burburinho ao lado do paraibano Escurinho; o Festival PRE AMP; o pólo do carnaval do Alto José do Pinho; O Festival de Inverno de Garanhuns em 2005; A Calourada da UFCG; Abreu Rock in Fest, Projeto Musicação, entre outros.
  
Atualmente, o Zé Povinho se prepara para a gravação do seu segundo CD. A banda está consolidada, realizando projetos como o Musicação, na cidade de Abreu e Lima, evento que agrega música às discussões sobre sustentabilidade e educação infantil e mantém uma parceria com as ONGs Arquitetos do Futuro e Projeto Porco Espinho.

Com muita vontade de arte e transcendência social, segue o trabalho desta banda que vem se destacando cada vez mais como “uma banda digna de ser acompanhada com atenção” segundo as palavras do jornalista Renato L. hoje secretário de cultura do Recife, em matéria publicada no Diário de Pernambuco em 27/07/06 ou, “ouve-se uma vez e pronto, gosta-se de imediato pela simplicidade de dizer coisas inteligentes, sob acordes bem elaborados. Música com princípio meio e fim...” são as palavras de Michelle de Assumpção, em matéria publicada no Diário de Pernambuco em 24/04/08.
bandazepovinho@gmail.com
www.myspace.com/zepovinholulala

CANTINHO POÉTICO

  "Oh estações, oh castelos!
Que alma é sem defeitos?

Eu estudei a alta magia
Do Amor, que nunca sacia.

Saúdo-te toda vez
Que canta o galo gaulês.

Ah! Não terei mais desejos:
Perdi a vida em gracejos.
Tomou-me corpo e alento,
E dispersou meus pensamentos.

    Ó estações, ó castelos!

Quando tu partires, enfim
Nada restará de mim.

    Ó estações, ó castelos!"



ARTHUR RIMBAUD - Poeta francês simbolista do final do século XIX.

domingo, 6 de março de 2011

INSCRIÇÕES PARA O XIII ENCONTRO REGIONAL DOS ESTUDANTES DE LETRAS DO NORDESTE – EREL 2011

Segue informações sobre inscrição para o XII ENCONTRO REGIONAL DOS ESTUDANTES DE LETRAS/NE a ser realizado em Teresina/PI.

TEMA: "A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LETRAS: REALIDADE, DESAFIOS E PERSPECTIVAS"

As inscrições devem ser feitas ON LINE seguindo os seguinte Cronograma:


PACOTE 2 - PERÍODO: 18/02 a 18/03/2011
INSCRIÇÃO = R$ 65,00
INSCRIÇÃO + ALIMENTAÇÃO = R$ 90,00
INSCRIÇÃO + ALOJAMENTO = R$ 80,00
INSCRIÇÃO COMPLETA = R$ 110,00 


PACOTE 3 - PERÍODO: 19/03 a 19/04/2011
INSCRIÇÃO = R$ 85,00
INSCRIÇÃO + ALIMENTAÇÃO = R$ 110,00
INSCRIÇÃO + ALOJAMENTO = R$ 100,00
INSCRIÇÃO COMPLETA = R$ 130,00 

PACOTE 4 - DIA DO ENCONTRO
INSCRIÇÃO = R$ 115,00
INSCRIÇÃO + ALIMENTAÇÃO = R$ 140,00
INSCRIÇÃO + ALOJAMENTO = R$ 130,00
INSCRIÇÃO COMPLETA = R$ 160,00


Inscrições no site do evento: http://www.erel2011.com.br/inscricao.php
Fonte: http://www.erel2011.com.br

ENTREVISTA [Viviane Mosé]

*Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão nosso habitante para o Balacobaco

Capixaba, radicada no Rio desde 1992, Viviane Mosé, é psicanalista e doutoranda em filosofia pelo IFCS-UFRJ. Como poeta, participou das coletâneas Saco de Gatos (Ímã, 1985) e 7 + 1 (Francisco Alves, 1997). Publicou seu primeiro livro, Escritos, (Ímã, Sub-Reitoria Comunitária UFES, 1990) e seu segundo livro, Toda Palavra, (Sette Letras, 1997) agora em sua terceira edição, e Pensamento Chão, (Sette Letras, 2001). Participou em 1999 do livro Imagem Escrita (Graal, 1999), coletânea de artistas plásticos e poetas, escrevendo sobre o trabalho do artista plástico Daniel Senise. Participou ainda da coletânea de artigos filosóficos "Assim falou Nietzsche" (Sette Letras/UFOP, 1999). Estreou como atriz no monólogo Pensamento Chão, de sua autoria, em cartaz no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio, em janeiro de 2001, dirigido por Ana Kfouri. Participou desde 1993 do CEP 20.000, Centro de Experimentação Poética do RJ. Fez parte do Grupo Fala Palavra, que juntamente com Chacal e mais seis outros poetas, esteve em cartaz no Planetário da Gávea e no Festival de Inverno de Ouro Preto de 2000, entre outros. Participou de diversos eventos de poesia como Ver o verso, Paiol de Letras, Festival Carioca de Poesia, Encontro Nacional de Contadores de Estórias, Panorama da Palavra, Ribalta da Poesia, Free Zone, dentre muitos outros. É organizadora e apresentadora do livro Stela do Patrocínio, Reino dos Bichos e dos Animais é o Meu Nome, lançado em novembro deste ano pela Azougue Editoria, indicado para prêmio Jabuti deste ano, na categoria psicologia e educação. É professora de filosofia e psicanálise, desde 1998, da Universidade Salgado de Oliveira, em Niterói. É membro e professora da Formação Freudiana, formação em psicanálise, coordenada pelo Dr Chaim Katz.

As diversas variações do poema "acho que a vida anda passando a mão em mim" acabam voltando ao mesmo lugar inicial. A alusão ao eterno retorno nietzschiano é proposital? Fale sobre o poema.

acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida anda passando a mão em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que há vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim
O eterno retorno nietzschiano não é uma simples repetição das coisas. Ao contrário, é a porção mais complexa e difícil do pensamento de Nietzsche. Em meu poema a repetição tem apenas uma preocupação sonora. O poema inicialmente era "acho que a vida anda passando a mão em mim". E só. Como tenho costume de escrever coisas muito curtas, pensei em estender um pouco, explorar mais a frase. Então "a vida anda passando", "a vida anda em mim", "há vida em mim". E o retorno à primeira frase é, este sim, apenas um recurso sonoro, estético e não conceitual. No entanto, é inegável a presença de Nietzsche em meu trabalho. O primeiro texto que escrevi sobre Nietzsche, que se chamava "Nietzsche, Artaud e a Arte", foi minha monografia de graduação em 1987. Na verdade estudo este pensamento desde que entrei na universidade, aos 17 anos. A frase "acho que a vida anda passando a mão é mim", é profundamente marcada por esta influência, mas não intencionalmente ao eterno retorno, e sim à relação íntima que Nietzsche estabeleceu com a vida, que nele diz respeito às intensidades, ao choque de forças, e não à cultura. Dizer que "a vida anda passando a mão em mim" é, para mim, dizer que as intensidades estão ao meu lado, que a vida está me querendo. Ao mesmo tempo percebo que "a vida anda passando", percebo que estou morrendo. E esta idéia, a de morte, não me parece tão ruim. Mas não sei se este tipo de explicação é bom pro poema. Acho mais rico que ele exista sozinho.
Como é fazer amor com o tempo?
por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando
É comê-lo ao mesmo tempo em que ele me come. Olha-lo nos olhos e pedir que me presenteie com sua sabedoria. É pedir que me conte seus segredos. Que sopre coisas em meu ouvido. É parar de lutar contra ele. É perceber sua beleza, mesmo quando dor. Nietzsche musicou um poema de Lou Salomé, que termina mais ou menos assim (não tenho aqui a referência literal): "vida, quando não tiver mais nada a me dar, me dê sua dor". Acho esta a máxima afirmação do tempo. Tempo é vida.
Tempo derretido é poema? O que é o poema? Com quantas metáforas se faz um poema?
O tempo não se cristaliza. Ele é sempre adiante. E o poema, por ser vazio, aberto, por não ser um conceito, é uma moldura vazada onde o tempo flui. Então o poema é um tipo de retrato do tempo. Um retrato móvel, indefinido. Acho que todo bom poema é um ato de amor com o tempo. Ou um namoro. Ou um tipo qualquer de relação. O poema nos permite ver o tempo no espelho. E não a nós mesmos. É mais ou menos assim que penso.
A sua religiosidade e ligação com o espírito santo é a mesma ligação de Adélia Prado?
Eu nasci no estado do Espírito Santo, em Vitória. Esta é minha única relação com o Espírito Santo. O que é bastante. Eu sou aquela terra. Aquela gente. Em meu corpo tem um vento que eu trouxe de lá. Vitória é o chão onde piso mesmo quando piso em outro chão. Além disso sou apaixonada por palavras: acho vitória do espírito santo um nome lindo para um povo.
"E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,/não tenho bons modos nem berço". Qual influência tem de Clarice Lispector? Quais suas outras influências?
Eu amo Clarice Lispector e Jorge Luís Borges. São palavras que me estimulam a vida, que tocam diretamente em meu corpo. E tenho profunda admiração por João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Arnaldo Antunes. Não sou profunda conhecedora de literatura. Leio apenas por prazer. O que me dedico a estudar é filosofia. Acho que meu poema é mistura disso tudo.
Você acredita em linguagem poética feminina?
Não.
Qual a sua relação com o mundo masculino? Em "Ana" há uma revolta contra os homens?
O poema Ana é um poema que gosto muito. Se você perceber, ele descreve uma trajetória ascendente de afirmação da beleza até o impossível: a Ana era tão linda, mas tão linda, que eu como poeta não tinha mais onde leva-la, o poema se tornou impossível. Então fiz com que sua beleza fosse comida pelo tempo. Quem come Ana é o tempo. Eu adoro os homens, por isso utilizei a metáfora do sexo, ("por falar em sexo quem anda me comendo é o tempo"), para me referir a afirmação máxima da vida, que é a afirmação do tempo. Quanto à minha relação com o mundo masculino, devo dizer que desconheço o mundo masculino, conheço apenas um mundo, o mundo, que tem homens e mulheres coexistindo. Estas diferenciações são reducionistas e polarizadas.
Em que o fato de ser psicanalista ajuda a sua visão de mundo e conseqüentemente a poesia?
A psicanálise é uma atividade clínica que exerço há bem mais de dez anos. Acho que o que mais aprendi em consultório foi conviver com a dor. Sem dramas. Sem novelas mexicanas. No mais as histórias humanas são muito parecidas umas com as outras.
Você tem experiência em falar seus versos em público. Qual a importância do CEP 20 000?
É uma fonte de vida, experimentação, criação. É a melhor coisa (no que diz respeito à poesia) que vivi desde que cheguei ao Rio de Janeiro, e continuo vivendo. Foi ali que desenvolvi minha forma de falar. Por ser um centro de experimentação, o CEP não está sujeito à julgamentos, não é um espetáculo, então pode ser muito bom ou muito ruim. Mas é antes de tudo fértil. Muitas pessoas que hoje se destacam na cultura carioca, não só na poesia, passaram por lá, mesmo que não admitam.
Walter Benjamin erra quando hierarquiza cultura?
Não conheço muito bem Walter Benjamim.
Para que serve a poesia?
Para ser lida, ouvida e degustada.
Por que escreve?
Sempre escrevi, desde criança. Mas não pensava em ser escritora. Queria ser cantora, mas não deu certo. Acho que escrevo porque minhas mãos escrevem. Então resolvi, há alguns anos, seguir esta obsessão, me dobrar sobre ela, dando-lhe um contorno estético mínimo. Acho que daí em diante minha escrita cresceu, se sentiu em casa, e hoje abusa de mim. Isto não quer dizer que eu escreva bem. Quer dizer que o que escrevo hoje é o melhor que posso. É só mesmo isto que posso.
Tem alguma epígrafe?
Não.
Qual o papel do escritor na sociedade?
Não se sabe hoje muito bem o que é um escritor e o que é a sociedade. É isso que ando tentando entender. Mas ainda não sei.
(2002)

HAPPY HOUR

Poesia na panela
26/03 18h

Local Bar do Turista (Av. Dr. José Rufino, Barro. Próximo à igreja Católica do Barro)
9484 6626 | 8826 5209
http://movimentoadiante.blogspot.com/
Um evento dedicado à poesia. Com a participação de poetas e poetisas da comunidade. Convidados: poetas Amom Assis e Jetro Rocha


INSCRIÇÕES ABERTAS

Concurso Prêmios Literários Cidade do Recife
Inscrições 01 de fevereiro a 31 de março.
9h ás 13h, no Conselho Municipal de Política Cultural
conselhodecultura@gmail.com
Foi aprovado no dia 28 de janeiro pelo Prefeito do Recife, João da Costa, o regulamento do concurso dos Prêmios Literários da Cidade do Recife. O concurso é realizado pelo Conselho Municipal de Política Cultural, da Secretaria de Cultura do Recife e visa valorizar obras inéditas de autores brasileiros. Os prêmios serão atribuídos em quatro categorias: livro de ficção, peça teatral, livro de poesia e livro de ensaio, o prêmio para cada categoria é no valor de R$ 5.000. Os vencedores terão os resultados divulgados no Diário Oficial no dia 05 de maio e as obras serão editadas pela Fundação de Cultura Cidade do Recife



Mostra de Cinema universitário
2119-4443
Inscrições: até 30 de junho
A 1ª Mostra de vídeo que será realizada em Setembro faz parte da programação de comemoração dos 60 anos da Universidade Católica de Pernambuco. O projeto visa incentivar produções na área do audiovisual em diversas mídias. Além de palestras e debates serão oferecidas oficinas. Os vídeos produzidos deverão ter duração de até 20 minutos e com os seguintes gêneros: Ficção, Animação, Documentário e Experimental

CINEMA E VÍDEO [01 a 31/03/2011]

Seguem sugestões para assistir bons filmes à custo zero e de quebra conhecer pessoas que gostam, entendem ou são curiosos e apaixonados como eu, pela sétima arte!
Vale a pena conferir, sem dúvidas nos encontraremos numa dessas sessões.
Abaixo segue endereço e contato dos locais.

Bom filme à todos!




SESC SANTO AMARO
Gratuito

O batedor de carteiras
15/03 19h30
Um malandro carioca que age nas imediações da Central do Brasil se apaixona e começa a namorar com uma moça nordestina, recém-chegada ao Rio de Janeiro, cujo único amigo é um papagaio. Produção de 1958



BAR E RESTAURANTE BANQUETE
Banquete de Curtas
Gratuito

16/03 19h
Os curtas-metragens recebidos pelo Cineclube Banquete participam da 6ª mostra competitiva no espaço. O evento exibe vídeos e abre espaço para discussão das produções cinematográficas.



AURORA FILMES
Cineclube Aurora Filmes

Gratuito

O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas
10/03 17h
Documenta a violência urbana na Região Metropolitana do Recife, focando em dois personagens. Helinho, conhecido como Pequeno Príncipe, “o justiceiro" de Camaragibe. A outra vida é a de Garnizé, que cresceu no mesmo ambiente carente da região e tornou-se líder da banda de rap, Faces do Subúrbio. Uma é espelho da outra, mas em direções contrárias, pois tomaram caminhos inversos. Completando o nome da produção, está o termo “Alma sebosa”, que se refere ao indivíduo que faz mal à comunidade. O filme é um retrato bastante fiel das condições da periferia brasileira. Porém evita fazer qualquer tipo de análise intelectual sobre o problema. Limita-se a registrar uma situação de contraste, e a maneira como ela é "lida" e interpretada por dois seres diferentes.


O Último Raio de Sol
17/03 17h
Livre adaptação de uma história verídica, em que dois jovens da alta classe brasiliense que, numa viagem à Chapada dos Veadeiros, se divertem ameaçando e desmoralizando pessoas de classe social inferior que pedem carona na estrada. Tratando de temas como a impunidade, violência e preconceito, o filme fala de como uma atitude inconseqüente pode resultar num final inesperado.


O Canto do Mar
24/03 17h
Em pleno sertão nordestino, uma família perece de miséria. A mãe assume a responsabilidade da família já que o pai está louco e isolado de todos. Um dos filhos, inconformado com essa situação de miséria, sonha em ir para o sul do Brasil em busca de um casamento e melhores condições de vida.


Janela da Alma
31/03 17h
Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a importância das emoções como elemento transformador da realidade ¬ se é que ela é a mesma para todos.



CENTRO CULTURAL CORREIOS
Cineclube Curta Doze e Meia
Gratuito


10/03 12h30
Carnaval Atlântida
O professor Xenofontes, especializado em mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho, como consultor da adaptação do clássico Helena de Tróia para o cinema. Mas dois empregados do estúdio pensam em transformar o épico em uma comédia carnavalesca.
Após a exibição, debate com o pesquisador e cinéfilo Lula Cardoso Ayres Filho.


24/03 12h30
Linguagem de Orson Welles
Ensaio histórico sobre a vinda de Orson Welles ao Rio em 1942, conjugado a uma descrição sumária do carnaval carioca e do acidente de jangada na Barra da Tijuca onde pereceu o jangadeiro Jacaré em 19 de maio de 1942.


Acadêmicos do Morrinho parte 1
Minutos antes de entrar na avenida o intérprete do samba da Acadêmicos do Morrinho, o MC Maiquinho, entra em crise e pede conselhos ao mestre Renato, colocando em risco o desfile.

Acadêmicos do Morrinho parte 2
Acadêmicos do Morrinho entra na avenida e encanta o publico. Será que a escola vai ganhar o estandarte?


INSTITUTO DE CULTURA BRASIL ITÁLIA
Gratuito

O Siciliano
11/03 9h; 12h; 17h e 19h
Baseado no best-seller de Mario Puzo, o filme retrata a história verídica de Salvatore Giuliano, o líder e bandido Siciliano enfrentau a igreja, o estado e a máfia, na esperança de tornar a Sicília independente, no final dos anos 40. Giuliano rouba dos ricos proprietários de terra para dar aos camponeses, e os instrui a comprar terras com esse dinheiro. Entretanto, enquanto a popularidade de Giuliano cresce, o seu ego também. Obcecado com a criação da sua própria lenda, Giuliano não reconhece que o seu sucesso está diretamente ligado à tolerância do poderoso chefe da máfia, Don Masino Croce, que trama o seu assassinato.


O Pequeno Diabo
18/03 9h; 12h; 17h e 19h
Irreverente comédia de Roberto Benigni. Interpretando o diabo com 400 anos de idade e cansado de sua monótona vida no inferno, encarna em uma mulher gorda chamada Giuditta. Para ajudá-la, o padre provinciano Maurice é chamado e realiza o exorcismo. Mas o maligno ser está relutante em retornar para “casa” e por isso, resolve esconder-se na igreja. Decidido a atormentar a vida do pobre padre, Passa-se por seu sobrinho atrapalhado e falador e iniciando uma série de confusões.


O Escarlate e o Negro
25/03 9h; 12h; 17h e 19h
A história do Monsenhor Hugh O’Flaherty, um padre irlandês que trabalhava no Vaticano durante a ocupação alemã. O’Flaherty escondeu mais de 4000 refugiados, judeus e Aliados, em conventos, fazendas, e apartamentos alugados, apesar da neutralidade do Papa Pio XII, construindo uma rede de centenas de pessoas que o ajudam em seus esforços. Sua missão se torna mais difícil quando o chefe local da GESTAPO, coronel Kappler, descobre suas atividades e tenta impedi-lo apesar de sua imunidade diplomática.



REFINARIA MULTICULTURAL NASCEDOURO DE PEIXINHOS
Cineclube Nascedouro de Peixinhos

Gratuito

O Mágico de OZ
11/03 18h30
Após um tornado em Kansas, Dorothy vai parar com sua casa e seu cachorro na fantástica Oz, onde as coisas são coloridas, bonitas e mágicas. Do diretor Victor Fleming.


Clube da Luta
18/03 18h30
Jack é um executivo yuppie, trabalha como investigador de seguros, mas sua ansiedade o faz conviver com pessoas problemáticas como a viciada Marla Singer e a conhecer estranhos como Tyler Durden. Do diretor David Fincher.


Desejo e Reparação
25/03 18h30
Em 1935, no dia mais quente do ano na Inglaterra, Briony Talles e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. O momento político é de tensão, por conta da 2ª Guerra Mundial. Do diretor Joe Wright.



INSTITUTO CERVANTES DO RECIFE
Gratuito

La teta Asustada
26/03 16h
É um filme peruano, dirigido por Claudia Llosa, de 2009. Ganhador do Festival de Cinema de Havana e do Urso de Ouro, o drama gira em torno de uma jovem mulher, Fausta, que acredita ter têm uma doença chamada "teta asustada", uma doença rara, transmitida pelo medo e sofrimento de mãe para filho através do leite materno, porque sua mãe foi estuprada por terroristas em um momento muito difícil no Peru na década de 1980. Fausta introduz uma batata na vagina para evitar ser estuprada e vive fora do mundo, pois precisa enfrentar a morte de sua mãe e pretende enterrá-la em sua cidade natal, mas não tem dinheiro para isso.



SESC CASA AMARELA

Cineclube Coliseu
Gratuito

O beijo no asfalto
23/03 16h
Um desconhecido é morto ao ser atropelado por um ônibus e, agonizante, pede a um bancário que lhe de um beijo na boca. Este gesto é transformado em escândalo pela imprensa sensacionalista e o homem que cometeu o "crime" de beijar um agonizante passa a ser alvo de preconceito popular e também a ser investigado pela polícia, que começa a supor que o acidente tenha sido um assassinato.


Dona Flor e seus Dois Maridos
25/03 16h
Durante o carnaval, Vadinho, um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente e sua mulher, Dona Flor, fica inconsolável, pois apesar dele ter vários defeitos era um excelente amante. Mas após algum tempo ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranqüila, mas tediosa. Um dia primeiro marido aparece nu na sua cama. no fundo Flor quer que ele fique, pois há um forte desejo que precisa ser saciado.


Bye Bye Brasil
25/03 16h
Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço e sua esposa, Dasdô, com os quais a Caravana cruza a Amazônia até chegar a Brasília.


O caminho das nuvens
26/03 16h
Romão é um caminhoneiro que está desempregado no momento. Sem conseguir emprego e tendo que sustentar sua mulher Rose e seus cinco filhos, ele decide partir em busca de um local onde possa conseguir um sonhado emprego. A produção conta a história da jornada de 3200 km, saindo de Santa Rita, na Paraíba, até o Rio de Janeiro da família através de bicicleta.



ENDEREÇOS E CONTATOS
Sesc Santo Amaro
Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro,
3216 1616

Bar e restaurante Banquete
Rua do Lima, nº 195, Santo Amaro
9950 0166 / 9952 7283


Aurora Filmes
Rua da Aurora, 987
3423 4564 / 3091 9338


Centro Cultural Correios
Av. Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife
3224 5739 / 3424 1935


Instituto de Cultura Brasil Itália
Rua Marques de Amorim, 46, Boa Vista
3221 4112

Instituto Cervantes do Recife
Av. Agamenon Magalhães, 4535, Derby
3334 0450/0451


Sesc Casa Amarela
Rua Prof. José dos Anjos, 1190, Mangabeira
3267 4400

SEJAM BEM VINDOS!

Começo este blog às 22:36 de um tranquilo domingo de Carnaval - tranquilo, afirmo, pois não pus o pé para além do portão de casa hoje. Nem ontem, e assim o pretendo permanecer até a quarta-feira de cinzas, em que todos estarão no pó e eu, àvida, emergindo de meu casulo. Um retiro forçado e mais que necessário.

Muita coisa a ler, refletir, produzir, para além do que estou sem saco para o "Culto ao Baco"!

[Pelo amor dos foliões sexualmente desesperados não leiam "cú-tabaco"!!!!!]



Enfim, que todos sejam bem vindos ao meu blog. Esse espaço foi criado para trocarmos experiências e especialmente informações no campo das artes e entreterimento em geral.


Conto com a colaboração de todos para mantermos esse espaço sempre vivo. Ele é nosso.




A todos que aqui passarem, sejam bem vindos e voltem sempre!!!